Muita gente acha que uma análise deve durar
anos como nos tempos freudianos...
Não necessariamente.
O que uma análise pode transmitir é:
-O outro é outro. Não sabemos o que o outro
pensa. Quando de fato, “cai” essa ficha, os problemas na ordem de
relacionamento melhoram. Muitas vezes, sofremos por imaginar como o outro nos
olha.
-O outro não sabe de nós. Quando estamos em
angústia, com algum sofrimento, achamos que alguém vai saber de nós e nos dizer
o que devemos fazer. Muitas pessoas não ficam na análise, interrompem quando se
dão conta de que o analista não orienta, não dirige, não diz o que devemos
fazer. O analista escuta, faz ou fez análise, faz supervisões, estuda e tem um
saber que diz respeito ao inconsciente. Ele sabe do inconsciente dele e é isso
que o torna alguém capaz de ouvir e de ajudar. Isso, também o torna humilde no
sentido de não se colocar em uma posição daquele que sabe.
-Somos responsáveis pelas nossas escolhas. Se o
analista não está em um lugar de saber o que é bom para o outro, ele propicia
que o analisante construa o seu caminho com as possibilidades que possui. Ele
calcula sempre com margem de erro, o quanto um sujeito pode se responsabilizar
pelos seus atos, sintomas e escolhas.
- A ética da psicanálise não é uma ética da
moral, mas sim, do desejo.
-A possibilidade de rir do nosso ridículo. Traduzindo,
uma análise transmite leveza.
Os benefícios de uma análise são inúmeros.
Desde mudanças práticas na vida, no dia a dia, passando pela tradução dos
sintomas e consequentemente um alívio ao sofrimento até o desejo de querer
saber mais e mais de si. A pessoa começa a questionar o modo de vida, a morte,
o amor, a família, o lugar no mundo e o que deseja.
A pessoa percebe que pode ser mais genuína e
verdadeira consigo o que podemos considerar um dos maiores ganhos!
As mudanças que são alcançadas em análise são
para toda a vida. São mudanças qualitativas!!!!!
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